Diagnóstico Ambiental de Sorocaba-SP
Localizado
no Estado de São Paulo, na mesorregião Macro Metropolitana Paulista e na
microrregião Sorocaba, o município de Sorocaba faz fronteira
com Itú, Porto Feliz, Mairinque, Alumínio, Votorantim, Salto de Pirapora,
Araçoiaba da Serra Iperó e Boituva e se encontra cerca de 96km da capital. Com uma área de aproximadamente 450 mil km² e
abrigando uma população estimada de aproximadamente 600.000 habitantes e com
densidade demográfica de 1.330 hab/ Km² a cidade de Sorocaba e a quinta mais
populosa do Estado de São Paulo.
CLIMA DE SOROCABA
Segundo a classificação
de Koeppen, Sorocaba pode ser classificada com clima tipo "Cfa", que
caracteriza clima subtropical quente, inverno não muito seco (30 a 60mm de precipitação
pluviométrica), possuindo uma faixa mais ao norte com características de clima
tipo "Cwa" (mês mais seco com chuva acumulada menor de 30mm).
A cidade apresenta uma
temperatura média das máximas em torno de 30°C no verão e média das temperaturas mínimas
de 12°C
no inverno e sua precipitação média anual é de 1350 mm e cerca de 80%
ocorre no período de outubro a março. Assim como em outras regiões do Estado a
umidade relativa do ar, no período seco, chega a atingir valores de 15%.
Histórico - Início e Fundação
A
região do rio de Sorocaba foi povoada inicialmente pelos Tupiniquins. Conta-se
que, antes do descobrimento do Brasil pelos portugueses, passava pelas atuais
ruas de Sorocaba o "Peabiru" (o caminho indígena transulamericano),
um caminho utilizado pelos silvícolas e, bem mais tarde, pelos Bandeirantes e
Missionários, em demanda do Sul e Oeste, com ramos que também se dirigiam ao
litoral (IBGE, s/d).
Em fins do século XVI, Afonso Sardinha,
"O Velho", seu filho, "O Moço", e Clemente Alvares
estiveram no morro Araçoiaba à procura de ouro. Encontraram minério de ferro e
comunicaram o fato ao Governador Geral que levantou o pelourinho da Vila de
Nossa Senhora do Monte Serrat (1599), símbolo do poder real, na nova Vila de Nossa Senhora de
Monte Serrat, mandando mineiros explorarem a região. Nada encontrando
após seis meses, transferiu a Vila para Itavuvu por ordem do mesmo Governador, em 1611, ficando sob a
invocação de São Felipe, em homenagem ao Rei da Espanha (IBGE, s/d).
Para promover o povoamento doou à
igreja, grande gleba de terras aos Beneditos de Paranaíba, com a condição de
construírem o convento e manterem uma escola. Alguns anos depois o pelourinho
de Itavuvu foi transferido para Sorocaba constituindo a Vila de Nossa Senhora
da Ponte de Sorocaba (IBGE, s/d).
Os paulistanos percorriam os ramais do Peabiru à caça de
índios para escravizá-los. Entre os "caçadores", estava o Capitão
Baltazar Fernandes (O Rebelde), que ganhou esta região em forma de sesmaria. Em
1654, Baltazar Fernandes e, a mando da Camarilla do Rio de Janeiro mudaram-se
para a região. Em data não registrada, Baltazar Fernandes e sua família, mais
os escravos índios, chegaram à região para o seu povoamento e posse. O primeiro
documento oficial de que se tem notícia é o testamento de Isabel de Proença,
segunda esposa de Baltazar Fernandes, de 28 de novembro de 1654, quando aparece
pela primeira vez o nome da "Fazenda de Sorocaba" (IBGE, s/d).
Em 1660, Baltazar Fernandes garantiu a fundação doando aos
Monges de São Bento, de sua Parnaíba, a capela de Nossa Senhora da Ponte e
outros bens.
|
|
Já tendo construído a Igreja de Nossa Senhora da Ponte,
atual Igreja de Sant'Ana, do Mosteiro de São Bento e sua casa de moradia, no
Lajeado, Baltazar Fernandes garantiu a fundação do novo povoado, doando aos
Monges de São Bento, de Parnaíba, muitas glebas de terra, a capela de Nossa
Senhora da Ponte e outros bens, com a condição de que construíssem o convento e
mantivessem escola para quem desejasse dedicar-se aos estudos(PREFEITURA
DA CIDADE DE SOROCABA, s/d).
Isso atraiu para a nova paragem muitos moradores espalhados
pela região, auxiliando o povoamento e motivando a vinda de novos habitantes
para a localidade. O povoado recebeu o nome de Sorocaba, denominação que tem
sua origem no Tupi-guarani, que significa terra (aba) rasgada (çoro) (IBGE, s/d).
A exemplo de seus irmãos, Baltazar Fernandes viu sua
"fazenda" crescer e com isso, a necessidade de dar-lhe vida pelo
Direito. Assim, em 1661, Baltazar Fernandes aproveitou-se da presença do
Governador Salvador Corrêa de Sá e Benevides em São Paulo e, através de um
requerimento datado de 2 de março em que provava a existência na região de
TRINTA FOGOS, como eram chamadas as famílias aqui estabelecidas, conseguiu o
despacho no dia seguinte, permitindo que sua "fazenda" fosse elevada
à categoria de Vila. O despacho também permitia a transferência simbólica do
pelourinho da decadente Vila de São Felipe, no Itavuvu, para o seu local atual,
com o nome de Vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba constituído
dos Distritos sede, Sorocaba, Nossa Senhora do Rosário, Salto Pirapora e
Votorantim. Também
no mesmo dia 3 de março a primeira Câmara Municipal foi nomeada (IBGE, s/d;
PREFEITURA DA CIDADE DE SOROCABA, s/d).
De janeiro de 1662 até 1829, segundo as Ordenações do Reino,
começaram as Câmaras eleitas. Esse sistema foi abolido pela Constituição de
1824 (a primeira do Brasil), mas a lei complementar demorou um pouco para ser
colocada em prática.
Pesquisas em documentos e em arquivos não se encontraram
atas dos primeiros anos da Câmara verificando apenas que os fundadores
construíram a Casa da Câmara e Cadeia, originando nesse local, uma praça, na
qual colocaram o Pelourinho.
Os fundadores e primeiros moradores foram sertanistas e
bandeirantes. Percorreram o Brasil atrás de índios e depois, de ouro. A ata
mais antiga no Arquivo do Museu Histórico Sorocabano data de 1º de dezembro de
1818 e mostra a História Política e Administrativa de Sorocaba (PREFEITURA DA
CIDADE DE SOROCABA).
Bandeirantes
Como o Capitão Baltazar Fernandes e o Capitão André de Zunéga
Y Leon, os primeiros moradores da Vila de Sorocaba, eram Bandeirantes que
buscavam ouro, apresavam indígenas e ampliavam as fronteiras do País
(PREFEITURA DA CIDADE DE SOROCABA, s/d).
Assim é que Paschoal Moreira Cabral, os irmãos Antunes
Maciel, os Sutil de Oliveira, os Almeida Falcão e muitos outros desbravaram
primeiramente o sul do Brasil; mais tarde aprofundaram-se para o sul do Mato
Grosso, Campos de Vacaria, onde montaram um entreposto para comerciar com os
espanhóis, ponto de partida para explorações por toda a extensão das selvas
amazônicas (PREFEITURA DA CIDADE DE SOROCABA, s/d).
Tropeirismo
Em 1733, passa por Sorocaba a primeira tropa de muares,
conduzida por Coronel Cristóvão Pereira de Abreu, fundador do Rio Grande do
Sul, inaugurando um novo ciclo histórico - o do Tropeirismo. Com o passar dos
anos e o acréscimo do número das tropas, Sorocaba tornou-se sede das Feiras de
Muares, reunindo-se aqui brasileiros de todos os quadrantes, a venderem ou
comprarem animais e, ao mesmo tempo, ajudando a disseminação cultural dos
vários rincões pátrios. A cidade, por força de sua situação geográfica
privilegiada, transformou-se no eixo geo-econômico entre as regiões norte e sul
do Brasil (PREFEITURA DA CIDADE DE SOROCABA, s/d).
A grande densidade demográfica, transitória da época das
Feiras de Muares, e principalmente o afluxo de gente endinheirada, ajudou o
desenvolvimento do comércio e da indústria caseira, ficando famosos no Brasil
as facas e facões sorocabanos da fábrica de ferro do Ipanema, e também as redes
aqui tecidas. Também eram muito apreciados os doces e as peças de couro para
montaria, havendo inúmeros ourives que se dedicavam exclusivamente a fabricar
enfeites em ouro e prata para selas e arreios, estribos, cabos de chicotes e
facas (PREFEITURA DA CIDADE DE SOROCABA, s/d).
Ainda no período colonial, em Ipanema, houve a chegada dos
suecos, em 1811, e com eles os Protestantes; a seguir a Maçonaria e as visitas
do Imperador Pedro II
Dentro deste contexto, Sorocaba foi elevada à categoria de
Cidade em 5 de fevereiro de 1842. Em 1849, comprou-se o terreno para o novo
prédio, de Manuel da Costa Santos, à esquina das ruas de São Bento e Padre
Luiz, onde se encontra atualmente o Correio. O novo prédio foi construído por
João Batista Corrêa e completado pelo Coronel Francisco Gonçalves de Oliveira
Machado, concluído em 26 de julho de 1862 (PREFEITURA DA CIDADE DE SOROCABA,
s/d).
Neste período Sorocaba passou por uma grande mudança
administrativa, com a construção do Mercado, Matadouro, Cemitério Municipal
(Saudade, hoje), calçamento para águas no meio das ruas, iluminação com azeite
de peixe, chafarizes nos largos da Matriz (hoje no Museu Histórico Sorocabano)
e de Rosário (hoje em Salto de Pirapora). Em 1863, a iluminação passou à
querosene e, em 1878, a globe-gaz ou nafta (JUNIOR, 2006).
Construíram-se pontes, principalmente a da ruas XV de
Novembro sobre o rio Sorocaba, inaugurada em abril de 1855 e demolida em 1965.
Sorocaba perde parte de sua extensão territorial em 1857 com a separação de
Piedade e Campo Largo (hoje, Araçoiaba da Serra). Chegam os emancipadores da
escravidão e os republicanos e com eles a República, a 15 de novembro de 1889 (PREFEITURA
DA CIDADE DE SOROCABA, s/d).
A cidade cresceu para o Além da Ponte e, documentalmente,
aparece em 1856 a abertura da rua da Boa Morte (hoje, Rui Barbosa) ligando o
bairro dos Morros à rua de São Paulo; Aluísio de Almeida informa que a
documentação é extensa sobre estradas, Vereadores e Impostos Municipais. Nesse
período, a vida econômica era próspera: tropeirismo, como já foi citado acima
com suas feiras anuais; artesanato e primeiras indústrias têxteis;
As primeiras sementes de algodão foram plantadas na cidade
em 1856, desenvolvendo-se grandemente. Luiz Matheus Maylasky, o maior comprador
de algodão da zona, em 1868, resolveu fundar uma fábrica de tecidos em
Sorocaba. Transposto o maquinário à cidade, construiu um vasto barracão para
estabelecer sua fábrica, cujo prédio serviu mais tarde, para as oficinas da
locomoção da "Sorocabana", e em 10 de julho de 1875 é inaugurada a
Estrada de Ferro Sorocabana (PREFEITURA DA CIDADE DE SOROCABA, s/d).
Depois de
muitas ampliações em suas linhas, em 1907 a ferrovia foi arrendada para a
"The Sorocaba Railway Co.", empresa de capitais ingleses. Em 1918,
passou à propriedade do Estado de São Paulo, até que um acordo permitiu sua
incorporação à RFFSA e posteriormente a sua privatização. Porém, a Estrada de
Ferro Sorocabana foi um dos fatores que mais colaboraram para o grande
desenvolvimento industrial local, tornando-o no que é hoje: um dos maiores
Parques Industriais do interior de São Paulo .
Esse
crescimento industrial iniciou-se, principalmente, após o término da Guerra,
quando os americanos principiaram novamente as plantações de algodão em
quantidade suficiente para exportação, fazendo a matéria-prima brasileira menos
procurada. Nesta época passaram a existir incentivos para a
instalação de indústrias têxteis e estas vão encontrar o seu auge nas primeiras
décadas do século XX. Com a menor exportação e os preços aviltados,
os sorocabanos endinheirados começaram novamente a pensar no aproveitamento
local do algodão e assim em 1882, inaugurou-se a Fábrica de Tecidos Nossa
Senhora da Ponte. Logo, em 1890, apareceram as Fábricas de Santa Rosália e
Votorantim, e a seguir muitas outras, tornando Sorocaba uma cidade industrial.
Já na década de 1860 houve uma fábrica de chapéus, que perdurou até 1932,
quando encerrou sua produção.
Em divisão administrativa referente ao
ano de 1911, o Município de Sorocaba se compõe de 4 Distritos: Nossa Senhora da
Ponte de Sorocaba, Nossa Senhora do Rosário, Salto de Pirapora e Votorantim. Já
em 1936, o Município de Sorocaba compreende o único termo judiciário da comarca
de Sorocaba e se divide nos seguintes Distritos: Nossa Senhora da Ponte (sede:
Sorocaba), Brigadeiro Tobias, Campo Largo de Sorocaba, Nossa Senhora do Rosário,
Salto de Pirapora e Votorantim. Em 1937 Campo Largo de Sorocaba passa a não
fazer mais parte desta comarca (IBGE, s/d).
As Leis Estaduais nº 16, de 13 de novembro de 1891, criaram
a Intendência, e a nº 1.038, de 19 de dezembro de 1906, a Prefeitura, com o
funcionamento dos dois poderes, Legislativo e Executivo, no mesmo prédio e
exercidos pelos vereadores eleitos pelo povo, até 1930. Em janeiro de 1908
tomou posse o primeiro Prefeito eleito entre os vereadores (IBGE s/d).
Com a Revolução de 30, os dirigentes passam a ser nomeados
com o título de Interventores, até 1945/1947, quando houve a separação dos dois
poderes em Sorocaba. Da Proclamação da República até a criação da Intendência,
dirigiram os destinos da Câmara Municipal, os seus Presidentes. Assim mesmo, o
primeiro Intendente dos seis que por aqui passaram só tomou posse em janeiro de
1895, de acordo com Aluísio de Almeida (PREFEITURA DA CIDADE DE
SOROCABA, s/d).
Em 9 de novembro de 1947 ocorreu a primeira eleição para
Prefeito através do voto popular. Com a eleição, a Câmara precisou deixar o
prédio da Prefeitura ou Paço Municipal. O local escolhido foi, inicialmente, a
sede da Sociedade Recreativa Beneficente "Vasco da Gama", onde a 7 de
janeiro de 1948 tomaram posse os 31 vereadores eleitos, sob a presidência do
Prof. Genésio Machado (PREFEITURA DA CIDADE DE SOROCABA, s/d).
A Câmara Municipal de Sorocaba mudou-se depois para o
Palácio "José Miguel", para, finalmente, regressar ao prédio da rua
Brigadeiro Tobias, após a inauguração do Palácio dos Tropeiros, no Alto da Boa
Vista. O novo prédio da Prefeitura Municipal de Sorocaba foi projetado e
construído na administração do Prefeito José Theodoro Mendes. A construção foi
iniciada em março de 1979 e o prédio, já com o título de Palácio dos Tropeiros,
foi inaugurado a 15 de junho de 1981, com a marca da administração "Por
uma Sorocaba Melhor" (PREFEITURA DA CIDADE DE SOROCABA,
s/d).
“A 1ª Lei orgânica”
Pela
Lei 123, de 04 de setembro de 1915, o Prefeito Augusto César do Nascimento
Filho, promulgou a lei para disciplinar e organizar o Município de Sorocaba, o
que podemos chamar de 1ª Lei Orgânica do Município. Pelo Decreto nº 6, de 14 de
janeiro de 1933, David Alves de Athayde, Prefeito Municipal de Sorocaba, usando
das atribuições que lhe conferem os artigos 4º, do Decreto nº 19.398 de 11 de
novembro de 1930, do chefe do governo Provisório e artigo nº 7, do Decreto nº
4.810, de 31 de dezembro de 1930, do Int. Federal no Estado, e considerando a
inexistência de um quadro de funcionários Municipais, e, sendo de toda a
conveniência para a boa ordem e eficiência dos serviços, determinou a
organização de um quadro de funcionários Municipais com funções e atribuições
definidas" (PREFEITURA DA CIDADE DE SOROCABA, s/d).
O ciclo da Laranja
O período é marcado pela presença da colônia espanhola, que
vão à Sorocaba em busca de melhores oportunidades de vida e trabalho
encontrando bons resultados também como trabalhadores assalariados no nosso
parque industrial fabril, além de se fixarem na área rural, desenvolverem a
agricultura inicialmente com as culturas da batata e principalmente da cebola,
construindo as bases agrícolas para o desenvolvimento da citricultura no
município por diversos fatores. Entre eles está a familiaridade com a cultura
da laranja, a qual faz parte de sua terra natal - a Espanha e também em função
da situação geográfica e geológica (relevo, altitude, latitude e longitude,
solo), reunindo condições climáticas favoráveis ao
desenvolvimento da citricultura e principalmente da laranja (temperatura,
chuvas, vegetação, etc) (JUNIOR, 2006).
Sem deixar de relacionar com a presença de forte economia
gerada pela indústria e a presença de empresas que abriram mercados de
importação e exportação de produtos agrícolas, como sementes, cebolas,
alho e batatas, passando depois a comercializar laranjas.
A presença da Estrada de Ferro Sorocabana, como meio
avançado de transporte, favorece a implantação de uma "Packing House"
em Sorocaba pelo Governo do Estado, como assim eram chamadas "as casas da
laranja" em todo Estado, que tinham a função de dar o suporte
agro-industrial aos produtores rurais no beneficiamento da laranja destinada a
exportação, ao consumo interno e as indústrias de subprodutos cítricos, na
produção de óleos essenciais (JUNIOR, 2006).
Em Sorocaba o ciclo da laranja ocorre no período entre
1922 e 1940, tendo seu maior ápice produtivo por volta dos anos 30.
Estado Novo
Com
o advento do Estado Novo, em 1937, Getúlio Vargas ordenou que todas as Câmaras
Municipais fossem fechadas. Durante esse período, toda a documentação da Câmara
de Sorocaba foi enviada ao Rio de Janeiro e extraviada, inutilizada ou levada
para o exterior por historiadores estrangeiros. A pouca documentação restante
encontra-se hoje no museu localizado no "Quinzinho de Barros". As
Câmaras foram reabertas somente em 1948. Em Sorocaba, foi reaberta num prédio
emprestado pela Associação Beneficente Vasco da Gama e, posteriormente,
funcionou em outros prédios, mas sempre em condições quase precárias, até se
estabelecer no prédio do Teatro São Raphael (PREFEITURA DA
CIDADE DE SOROCABA, s/d).
Desmembramentos
Lei Estadual n.º 2695, de 05 de
novembro de 1936, desmembra do Município de Sorocaba o Distrito de Campo Largo.
Atual Araçoiaba da Serra (IBGE, s/d).
De acordo o Decreto-lei Estadual n.º
9073, de 31 de março de 1938, o Município de Sorocaba é o único termo
judiciário da comarca de Sorocaba e se divide em 4 Distritos: Sorocaba,
sub-dividido em 2 zonas: 1ª - Nossa Senhora da Ponte, 2ª - Nossa Senhora do
Rosário: Brigadeiro Tobias, Salto de Pirapora e Votorantim (IBGE, s/d).
Em virtude do Decreto-lei Estadual nº
14334, 1944, que fixou o quadro territorial para vigorar em 1945-48, o
Município de Sorocaba ficou composto dos Distritos de Sorocaba com 2
subdistritos: 1º e 2º, Brigadeiro Tobias, Salto de Pirapora e Votorantim. Mas
em 1953 ocorre o desmembramento do Município de Sorocaba ao Distrito de Salto
de Pirapora (IBGE, s/d).
No quadro territorial fixado para
vigorar em 1954-1958, o município de Sorocaba ficouconstituído dos Distritos de
Sorocaba 1º, e 2º Subdistritos, Brigadeiro Tobias, Éden e Votorantim. E em
1960, o município de Sorocaba é formado pelos Distritos de Sorocaba, Brigadeiro
Tobias, Cajuru do Sul, Éden e Votorantim, mas em 1964 o Distrito de Votorantim
é desmembrado do município (IBGE, s/d).
Industrialização a passos largos
Nas duas primeiras décadas do século XX a indústria
sorocabana abrigava a segunda maior concentração operária paulista e perfazia
10,4% do Capital Industrial paulista, bem mais que a região de Campinas (8,5%) .
Nas décadas de 60 e 70 Sorocaba e região concorre
com a produção de bens intermediários, de capital e de consumo duráveis em
função principalmente da diversificação dos grupos locais, originários da
exploração mineral. Agora não mais apenas um centro têxtil, mas industrial
diversificado. A cidade passa não só ser exportadora de bens para fora da
região, mas atende cada vez mais as cidades circundantes, o resto do país e o
exterior .
A inauguração da Rodovia Raposo Tavares SP-270
(1954) e, posteriormente, da Rodovia Castelo Branco SP-280 (1967) foram
elementos indutores e consolidadores de um novo momento para sua economia, a
indústria se concentrou na produção de bens de consumo. O território também
passou por uma nova estruturação estimulada pela implementação do Plano de
Metas, as indústrias passam a ladear as rodovias, privilegiando a
acessibilidade rodoviária e desligando-se do eixo ferroviário.
Nos anos 70, a desconcentração industrial da cidade
de São Paulo impulsionou a consolidação de Sorocaba como pólo industrial do
Estado nesta nova fase, acompanhado de um grande fluxo migratório e grande
ampliação da área urbanizada. Houve um aumento na taxa de crescimento
populacional de 4,38% entre 1970 e 1980, maior taxa até hoje (em 2000,
estimou-se 2,9%). O campo passou também por reestruturação produtiva no período
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Grato pela participação!