Faço aqui uma análise investigativa dos “programas” e “projetos de educação ambiental” herdados e implementados pela administração municipal de Sorocaba, no período de 1996 até 2007.
Pessoalmente diante da minha prática e experiência acumulada nesta ultima década, posso afirmar que em Sorocaba-SP impera por parte da sua área de meio ambiente, um paradigma onde se promove, pratica, estimula e só se financiam projetos de “educação ambiental” que sejam: ingênuos, pseudo-críticos, despolitizados e onde se confundem aulas práticas de Biologia, Zoologia e Botânica com Educação Ambiental.
Tal abordagem é conhecida pelos termos: "naturalista" e ou “biologicista”.
A ABORDAGEM NATURALISTA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
EM SOROCABA-SP.
Por abordagem naturalista me refiro a àquela perspectiva que dá ênfase aos aspectos biológicos e ecológicos das questões ambientais, e que privilegia os danos físico-químicos sobre o meio ambiente em detrimento das dimensões políticas e econômicas; e que desconsidera os conflitos sociais que estão no cerne desta problemática.
Com o este rótulo paradigmático de Projetos de “Educação Ambiental” o que observamos em nossa cidade é uma abordagem destituída de qualquer conteúdo realmente crítico e politizante em relação à realidade local e seus complexos problemas sócio-ambientais.
O pressuposto assumido é de que, ao privilegiar o “biologicismo”, esta abordagem reforça o dualismo na interpretação das relações entre os seres humanos e a natureza, e se constitui em fator limitante para a construção de uma cidadania articulada com o compromisso ético e político em relação às questões sócio-ambientais.
Assim sendo os programas e projetos eco-educativos em Sorocaba urgem por estímulo do senso crítico dos seus participantes, gerando de fato modificações no dia-a-dia e engajamento dos seus cidadãos na resolução de problemas sócio-ambientais.
BAIXA QUANTIDADE: EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA POUCOS
Em relação à baixa quantidade efetiva dos programas, estes quando ainda são realizados, acabam por serem:
A) Projetos semestrais : cursos de férias – duas vezes por ano (modelo com 30 anos) e ou exposições em datas comemorativas;
B) Clubes ecológicos com baixíssimo número de participantes, efetivamente é ofertado para um número reduzido de crianças e jovens; e
Pessoalmente diante da minha prática e experiência acumulada nesta ultima década, posso afirmar que em Sorocaba-SP impera por parte da sua área de meio ambiente, um paradigma onde se promove, pratica, estimula e só se financiam projetos de “educação ambiental” que sejam: ingênuos, pseudo-críticos, despolitizados e onde se confundem aulas práticas de Biologia, Zoologia e Botânica com Educação Ambiental.
Tal abordagem é conhecida pelos termos: "naturalista" e ou “biologicista”.
A ABORDAGEM NATURALISTA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
EM SOROCABA-SP.
Por abordagem naturalista me refiro a àquela perspectiva que dá ênfase aos aspectos biológicos e ecológicos das questões ambientais, e que privilegia os danos físico-químicos sobre o meio ambiente em detrimento das dimensões políticas e econômicas; e que desconsidera os conflitos sociais que estão no cerne desta problemática.
Com o este rótulo paradigmático de Projetos de “Educação Ambiental” o que observamos em nossa cidade é uma abordagem destituída de qualquer conteúdo realmente crítico e politizante em relação à realidade local e seus complexos problemas sócio-ambientais.
O pressuposto assumido é de que, ao privilegiar o “biologicismo”, esta abordagem reforça o dualismo na interpretação das relações entre os seres humanos e a natureza, e se constitui em fator limitante para a construção de uma cidadania articulada com o compromisso ético e político em relação às questões sócio-ambientais.
Assim sendo os programas e projetos eco-educativos em Sorocaba urgem por estímulo do senso crítico dos seus participantes, gerando de fato modificações no dia-a-dia e engajamento dos seus cidadãos na resolução de problemas sócio-ambientais.
BAIXA QUANTIDADE: EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA POUCOS
Em relação à baixa quantidade efetiva dos programas, estes quando ainda são realizados, acabam por serem:
A) Projetos semestrais : cursos de férias – duas vezes por ano (modelo com 30 anos) e ou exposições em datas comemorativas;
B) Clubes ecológicos com baixíssimo número de participantes, efetivamente é ofertado para um número reduzido de crianças e jovens; e
C) Recepção de alunos nos parques para atividades naturalistas ou biologiscistas pontuais.
Os modelos A E B atingem no máximo uma centena de crianças e jovens ao ano – uma mínima porcentagem numa cidade com 600.000 habitantes e diversas demandas sócio-ambientais muito além do que foi e tem sido pobremente ofertado pela área de meio ambiente da prefeitura de Sorocaba-SP com o aval dos seus dirigentes e coordenadores.
O modelo C é pontual, sendo a prova viva do que critico aqui, uma bela demonstração de aula prática de biologia. Caso queira acompanhe uma visita monitorada no zoológico, no parque da Biquinha e ou no parque da Água Vermelha e você confirmará esta informação .
Os modelos A E B atingem no máximo uma centena de crianças e jovens ao ano – uma mínima porcentagem numa cidade com 600.000 habitantes e diversas demandas sócio-ambientais muito além do que foi e tem sido pobremente ofertado pela área de meio ambiente da prefeitura de Sorocaba-SP com o aval dos seus dirigentes e coordenadores.
O modelo C é pontual, sendo a prova viva do que critico aqui, uma bela demonstração de aula prática de biologia. Caso queira acompanhe uma visita monitorada no zoológico, no parque da Biquinha e ou no parque da Água Vermelha e você confirmará esta informação .
O CONTEXTO HISTÓRICO QUE LHE DEU ORIGEM E A ESCLEROSE QUE LHE ACOMETE
Entende-se que as práticas educativas não são realidades autônomas e estão subordinadas ao contexto de desenvolvimento existente, que condiciona sua direção política e pedagógica.
O modelo de educação ambiental em Sorocaba surgiu no seu zoológico municipal Quinzinho de Barros, há mais de 30 anos constituindo-se em um ou mais projetos pedagógicos políticos datados e intencionados. Planejado e realizado por funcionários públicos municipais bem intencionados que de uma forma ou de outra tinham (e tem) muito a responder aos seus superiores em hierarquia, seja por 04, 08 anos - diretores de área, secretários, prefeitos.
Este modelo de educação ambiental infelizmente é apregoado e praticado até hoje, parou no tempo e por isso esta pra lá de esclerosado, tornou-se uma artrite cultural local, tornou-se para seus praticantes um paradigma, transformou-se numa tradição no pior do sentido da palavra.
Entende-se que as práticas educativas não são realidades autônomas e estão subordinadas ao contexto de desenvolvimento existente, que condiciona sua direção política e pedagógica.
O modelo de educação ambiental em Sorocaba surgiu no seu zoológico municipal Quinzinho de Barros, há mais de 30 anos constituindo-se em um ou mais projetos pedagógicos políticos datados e intencionados. Planejado e realizado por funcionários públicos municipais bem intencionados que de uma forma ou de outra tinham (e tem) muito a responder aos seus superiores em hierarquia, seja por 04, 08 anos - diretores de área, secretários, prefeitos.
Este modelo de educação ambiental infelizmente é apregoado e praticado até hoje, parou no tempo e por isso esta pra lá de esclerosado, tornou-se uma artrite cultural local, tornou-se para seus praticantes um paradigma, transformou-se numa tradição no pior do sentido da palavra.
PROBLEMAS QUE VÃO MUITO ALÉM DAS AULINHAS PRÁTICAS DE ZOOLOGIA
O que digo a esses profissionais que estagnaram no tempo é que cidade de Sorocaba não é mais a mesma de 30 anos atrás e nem os cenários sociais; os problemas sócio-ambientais são muito mais complexos, hoje nem são mais locais, e sim mundiais-globalizados, estes problemas vão muito além da esfera do “meu querido zoológicozinho”, das "aulinhas de bichinhos" e das "madrugadas ecológicas". O paradigma desta forma de "educação ambiental" realizada e um zoológico não pode e não deve ser extrapolada como um modelo, um formato único para uma cidade inteira sem graves conseqüências para seu " público consumidor", que pode vir a falsamente crer-se alfabetizado ambientalmente, enquanto esta totalmente alienado do que acontece em sua própria cidade, debaixo do seu nariz, enfraquecido como cidadão.
NOVAS ABORDAGENS SÃO URGENTES
Assim há uma emergência de um conjunto de novas abordagens e práticas educativas para o que realmente se denomina de educação ambiental, num sentido empoderador e crítico, é preciso quebrar paradigmas, romper com o velho. Esse modelo que critico só pode ser atualizado reconhecendo-se o processo histórico em que esta inserido e como sinalizador das novas exigências, enfim de uma outra concepção de educação ambiental para enfrentar os desafios contemporâneos de repensar as relações entre sociedade e natureza em nosso município.
TORNANDO O MAIS PÚBLICA POSSÍVEL ESTA DISCUSSÃO
Creio também que se deva também tornar público o debate e o diálogo entre as outras diferentes abordagens em educação ambiental, de modo a favorecer o entendimento das implicações práticas, pedagógicas e políticas no uso destas "tradições" e "paradigmas" que historicamente vem infelizmente sustentando este tema em Sorocaba, para que os seus fazedores e consumidores: educadores formais e informais, educandos e munícipes em geral possam ajudar a problematizá-las num processo de constante superação, quebra constante de paradigmas e tradições. Em que pese ao meu ver a retórica pedagógica ambiental tem e sempre terá a pretensão de ser crítica e politicamente empoderadora.
Assim há uma emergência de um conjunto de novas abordagens e práticas educativas para o que realmente se denomina de educação ambiental, num sentido empoderador e crítico, é preciso quebrar paradigmas, romper com o velho. Esse modelo que critico só pode ser atualizado reconhecendo-se o processo histórico em que esta inserido e como sinalizador das novas exigências, enfim de uma outra concepção de educação ambiental para enfrentar os desafios contemporâneos de repensar as relações entre sociedade e natureza em nosso município.
TORNANDO O MAIS PÚBLICA POSSÍVEL ESTA DISCUSSÃO
Creio também que se deva também tornar público o debate e o diálogo entre as outras diferentes abordagens em educação ambiental, de modo a favorecer o entendimento das implicações práticas, pedagógicas e políticas no uso destas "tradições" e "paradigmas" que historicamente vem infelizmente sustentando este tema em Sorocaba, para que os seus fazedores e consumidores: educadores formais e informais, educandos e munícipes em geral possam ajudar a problematizá-las num processo de constante superação, quebra constante de paradigmas e tradições. Em que pese ao meu ver a retórica pedagógica ambiental tem e sempre terá a pretensão de ser crítica e politicamente empoderadora.
O que os cidadãos Sorocabanos ambientalmente conscientes desejam:
- A criação de uma secretaria de meio ambiente com equipe competente e transparente, ou seja, fazendo o contrário do que faz área de meio ambiente do paço municipal de Sorocaba ( em vias de extinção) que é incompetente e nada transparente, chegando ao cúmulo de desinformar o cidadão quando ele faz qualquer questionamento;
- Realização de projetos “sócio- ambientais” transparentes, consistentes e multiplicadores;
Uma secretaria de meio ambiente onde o COMDEMA seja representativo, deliberativo econsultivo; verdadeiramente atuante ( CONDEMA: Conselho municipal de desenvolvimento do meio ambiente); - Que as secretaria de parcerias e de educação trabalhem juntas com a futura secretaria de meio ambiente para promover em todos os níveis educação ambiental crítica e empoderadora para muito além das aulinhas de bichinhos e plantinhas atualmente ofertadas pela atual área de meio ambiente que confunde aula prática de biologia com educação ambiental.
- Cuidado verdadeiro com os nossos parques sejam eles fechados e ou abertos;
- Plano de arborização urbana que envolva a comunidade em todos os níveis;
- Criação do Jardim Botânico de Sorocaba-SP;
- Plano municipal sorocabano contra o aquecimento-global/local.
Copie este texto e remeta ao vereador de Sorocaba de sua confiança.
Que bom que alguém teve a coragem de escrever sobre algo que há muito tempo me incomoda. Os velhos ícones e tótens não ser adorados.
ResponderExcluirExcelente trabalho com o Blog Demis... acho muito bom destacar as falhas do poder público em relação a area do meio ambiente, mas acho que dessa forma essas reclamações não terão resposta, nem serão resolvidas.
ResponderExcluiro poder público ouve as reclamações se elas vierem acompanhadas de propostas de melhoria.. e se forem feitas por varias pessoas... de preferencia um grupo.
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluirConcordo que é muito bom destacar as falhas do poder público em relação a area do meio ambiente. Em uma cidade onde a imprensa nem sempre tem liberdade de expor tudo que nela acontece.
ResponderExcluirAcho sim que também essa forma de manifestação essas reclamações combinadas com ações engajadas geram resposta que o diga em um ano eleitoral.
O poder público só ouve as reclamações se elas lhe renderem votos ou evitarem a perda destes.
Parabéns pela iniciativa, muitos pensam e não fazem, muitos acham que fazem mas não agem e de um modo abstrato se iludem que fizeram.