Notícia publicada na edição de 07/10/2007 do Jornal Cruzeiro do Sul, página 8 do caderno A
Falta de manutenção e de impermebialiliação das ruas do entorno são causas do problema
A erosão tem provocado problemas no solo e na raíz de dezenas de árvores no Parque da Biquinha, o que está preocupando ambientalistas da cidade. A situação, causada pelo volume de água que desemboca no local, pode provocar, a médio prazo, uma grande cratera.
Raízes de árvores centenárias estão expostas. Na parte mais alta do parque, algumas espécies apresentam as raízes numa altura maior que a do nível do solo. Este também está bem abaixo do normal em alguns pontos, à razão de até um metro.
Além disso, no espaço que mede aproximadamente 10 mil metros quadrados, foram formados barrancos que colocam em risco a segurança dos visitantes, principalmente das crianças. Um bueiro existente numa das laterais facilita o escoamento e faz com que a água fique empoçada, favorecendo a proliferação do mosquito da dengue. Ninguém agüenta o incômodo dos insetos no calor. É um inferno!, reclama o aposentado Antonio Madureira, que mora há mais de 40 anos na região.
Para os biólogos Márcio Meiken e Demis Lima, que protocolaram, em maio, na Prefeitura, um manifesto intitulado Por um ambientalismo independente em Sorocaba, a situação decorre da falta de manutenção e da impermeabilização das ruas no entorno do parque. Para eles, o quadro do Parque da Biquinha é reflexo da falta de uma política ambiental no município.
Há alguns anos, o espaço era administrado por uma associação formada por voluntários, mas o trabalho do grupo não pôde ter continuidade. O governo passado dificultou a atuação e impediu que o parque fosse gerenciado pela comunidade, como acontece com o Villa Lobos, em São Paulo, comenta Meiken.
Secretaria não concorda
A Secretaria da Habitação, Urbanismo e Meio Ambiente (Sehaum), por meio de nota, contesta as afirmações dos ambientalistas, afirmando que atualmente estão sendo feitas ações para conter a erosão através da técnica de solo-cimento - em frente ao pontos críticos, são criadas paredes, formadas por sacos de panos recheados com cimento e saibro. Após a aplicação de água, a mistura se compacta e aumenta a resistência do solo, possibilitando inclusive o desenvolvimento de espécies vegetais, diz a nota.
A secretaria completa que o sistema de drenagem de águas pluviais conta com uma caixa de contenção e a captação por tubos de PVC, responsável por desviar a água para o lago. Ainda existem estudos realizados pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) para reduzir o escoamento de águas pluviais proveniente da parte mais alta do Jardim Emília.
As últimas intervenções no local, conforme a Sehaum, ocorreram no ano passado, quando foram reformados e pintados os banheiros, sede administrativa, quiosques e brinquedos, incluindo a aquisição de brinquedos novos e mudanças paisagísticas na fachada e novas espécies na área interna. Já a Secretaria de Obras (Seobe) afirma que realiza, no momento, a revisão na rede elétrica de todo o prédio.
Plano Diretor
O biólogo Márcio Meiken também reclama que a administração municipal elaborou um Plano Diretor dos parques, mas o mantém engavetado sob a justificativa da falta de recursos. O interessante é que as pistas de caminhadas e outros espaços, como o do Campolim, recebem atenção quase que integral, cobra.
Sobre este assunto, a Secretaria informa que o plano será colocado em prática quando houver disponibilidade financeira. A Sehaum investiu cerca de R$ 3 milhões na manutenção dos parques municipais. Investimento semelhante foi feito pela Seobe na criação de novos parques e áreas de lazer. A dotação orçamentária do setor para este exercício é de R$ 1,53 milhão e ainda não está concluído levantamento específico sobre quanto foi executado. Sobre os riscos, a Secretaria informa que a administração do parque recebe orientação para sinalizar pontos que ofereçam perigo. A Sehaum ainda lembra que monitores acompanham as crianças durante as visitas.
Esta matéria foi acessada 155 vez(es).
A erosão tem provocado problemas no solo e na raíz de dezenas de árvores no Parque da Biquinha, o que está preocupando ambientalistas da cidade. A situação, causada pelo volume de água que desemboca no local, pode provocar, a médio prazo, uma grande cratera.
Raízes de árvores centenárias estão expostas. Na parte mais alta do parque, algumas espécies apresentam as raízes numa altura maior que a do nível do solo. Este também está bem abaixo do normal em alguns pontos, à razão de até um metro.
Além disso, no espaço que mede aproximadamente 10 mil metros quadrados, foram formados barrancos que colocam em risco a segurança dos visitantes, principalmente das crianças. Um bueiro existente numa das laterais facilita o escoamento e faz com que a água fique empoçada, favorecendo a proliferação do mosquito da dengue. Ninguém agüenta o incômodo dos insetos no calor. É um inferno!, reclama o aposentado Antonio Madureira, que mora há mais de 40 anos na região.
Para os biólogos Márcio Meiken e Demis Lima, que protocolaram, em maio, na Prefeitura, um manifesto intitulado Por um ambientalismo independente em Sorocaba, a situação decorre da falta de manutenção e da impermeabilização das ruas no entorno do parque. Para eles, o quadro do Parque da Biquinha é reflexo da falta de uma política ambiental no município.
Há alguns anos, o espaço era administrado por uma associação formada por voluntários, mas o trabalho do grupo não pôde ter continuidade. O governo passado dificultou a atuação e impediu que o parque fosse gerenciado pela comunidade, como acontece com o Villa Lobos, em São Paulo, comenta Meiken.
Secretaria não concorda
A Secretaria da Habitação, Urbanismo e Meio Ambiente (Sehaum), por meio de nota, contesta as afirmações dos ambientalistas, afirmando que atualmente estão sendo feitas ações para conter a erosão através da técnica de solo-cimento - em frente ao pontos críticos, são criadas paredes, formadas por sacos de panos recheados com cimento e saibro. Após a aplicação de água, a mistura se compacta e aumenta a resistência do solo, possibilitando inclusive o desenvolvimento de espécies vegetais, diz a nota.
A secretaria completa que o sistema de drenagem de águas pluviais conta com uma caixa de contenção e a captação por tubos de PVC, responsável por desviar a água para o lago. Ainda existem estudos realizados pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) para reduzir o escoamento de águas pluviais proveniente da parte mais alta do Jardim Emília.
As últimas intervenções no local, conforme a Sehaum, ocorreram no ano passado, quando foram reformados e pintados os banheiros, sede administrativa, quiosques e brinquedos, incluindo a aquisição de brinquedos novos e mudanças paisagísticas na fachada e novas espécies na área interna. Já a Secretaria de Obras (Seobe) afirma que realiza, no momento, a revisão na rede elétrica de todo o prédio.
Plano Diretor
O biólogo Márcio Meiken também reclama que a administração municipal elaborou um Plano Diretor dos parques, mas o mantém engavetado sob a justificativa da falta de recursos. O interessante é que as pistas de caminhadas e outros espaços, como o do Campolim, recebem atenção quase que integral, cobra.
Sobre este assunto, a Secretaria informa que o plano será colocado em prática quando houver disponibilidade financeira. A Sehaum investiu cerca de R$ 3 milhões na manutenção dos parques municipais. Investimento semelhante foi feito pela Seobe na criação de novos parques e áreas de lazer. A dotação orçamentária do setor para este exercício é de R$ 1,53 milhão e ainda não está concluído levantamento específico sobre quanto foi executado. Sobre os riscos, a Secretaria informa que a administração do parque recebe orientação para sinalizar pontos que ofereçam perigo. A Sehaum ainda lembra que monitores acompanham as crianças durante as visitas.
Esta matéria foi acessada 155 vez(es).
Comentários:
Jussara Sólla [ 08/10/2007 ]
É impressionante como a prefeitura do nosso município não muda sequer o texto de seu discurso. Quando questionada a respeito de qualquer irregularidade, descaso, falta de informação cita serviços realizados pela Seobe que nada tem a ver com o questionamento e justifica suas falhas com a falta de verbas. Sem criatividade ou, sem vergonha mesmo a nossa administração.
É impressionante como a prefeitura do nosso município não muda sequer o texto de seu discurso. Quando questionada a respeito de qualquer irregularidade, descaso, falta de informação cita serviços realizados pela Seobe que nada tem a ver com o questionamento e justifica suas falhas com a falta de verbas. Sem criatividade ou, sem vergonha mesmo a nossa administração.
Carlos oliveira de souza [ 08/10/2007 ]
Lamento profundamente o descaso das autoridades pelos parques municipais. Andar hoje no parque da biquinha é um horror. Õ desrespeito com o meio ambiente é notório nesta administração, veja o parque natural totalmente abandonado assim como o parque da biquinha. Gostaria que esses parques fossem lembrados sempre de forma competente e que pessoas da comunidade pudessem participar das suas menhorias e não que se fizessem obras pré eleição com objetivos obscuros e operações tapa buracos que em pouco tempo se perde.
Lamento profundamente o descaso das autoridades pelos parques municipais. Andar hoje no parque da biquinha é um horror. Õ desrespeito com o meio ambiente é notório nesta administração, veja o parque natural totalmente abandonado assim como o parque da biquinha. Gostaria que esses parques fossem lembrados sempre de forma competente e que pessoas da comunidade pudessem participar das suas menhorias e não que se fizessem obras pré eleição com objetivos obscuros e operações tapa buracos que em pouco tempo se perde.
Antonio Fernandes [ 08/10/2007 ]
Dentro do hinduísmo existe um conceito de não-realidade chamado "Maya", ou seja, o que você vê não passa de ilusão, por mais real que seja. A prefeitura de Sorocaba também tem se esforçado em aplicar tal conceito, contradizendo não só a população leiga como profissionais honrados e capacitados. Como n caso do piso do centro: os tombos e escorregões não passam de ilusão. Um conceito que anda em falta lá pelas bandas do Tropeiros é a HUMILDADE.
Dentro do hinduísmo existe um conceito de não-realidade chamado "Maya", ou seja, o que você vê não passa de ilusão, por mais real que seja. A prefeitura de Sorocaba também tem se esforçado em aplicar tal conceito, contradizendo não só a população leiga como profissionais honrados e capacitados. Como n caso do piso do centro: os tombos e escorregões não passam de ilusão. Um conceito que anda em falta lá pelas bandas do Tropeiros é a HUMILDADE.
Fonte:
O que o cidadão Sorocabano ambientalmente consciente deseja:
- A criação de uma secretaria de meio ambiente com equipe competente e transparente, ou seja, fazendo o contrário do que faz área de meio ambiente do paço municipal de Sorocaba ( em vias de extinção) que é incompetente e nada transparente, chegando ao cúmulo de desinformar o cidadão quando ele faz qualquer questionamento;
- Realização de projetos “sócio- ambientais” transparentes, consistentes e multiplicadores;
Uma secretaria de meio ambiente onde o COMDEMA seja representativo e verdadeiramente atuante ( CONDEMA: Conselho municipal de desenvolvimento do meio ambiente); - Que as secretaria de parcerias e de educação trabalhem juntas com a futura secretaria de meio ambiente para promover em todos os níveis educação ambiental crítica e empoderadora para muito além das aulinhas de bichinhos e plantinhas atualmente ofertadas pela atual área de meio ambiente que confunde aula prática de biologia com educação ambiental.
- Cuidado verdadeiro com os nossos parques sejam eles fechados e ou abertos;
- Plano de arborização urbana que envolva a comunidade em todos os níveis;
- Criação do Jardim Botânico de Sorocaba-SP;
- Plano municipal sorocabano contra o aquecimento-global/local.
Copie este texto e remeta ao vereador de Sorocaba de sua confiança.
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