sexta-feira, 4 de junho de 2010

Novo palmito

Palmito de pupunha socorre a Mata Atlântica

A palmeira pupunha, peruana, tem papel coadjuvante na preservação ambiental: como alternativa ao palmito, está ajudando a proteger a Mata Atlântica. Isso porque a nativa juçara, fonte original da iguaria, está ameaçada de extinção – um risco para a cadeia alimentar da fauna nos 5% restantes desse tipo de floresta. “O consumidor ainda não se deu conta de que pode alterar a situação”, diz o biólogo Domingos Bernardi Neto, da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Ocorre que muitos palmiteiros ainda se embrenham em áreas protegidas devido à facilidade da extração ilegal. O palmito roubado é misturado ao de manejo sustentável, o que dificulta a fiscalização. Já a pupunha traz vantagens. É cultivada em áreas abertas, sua colheita é rápida e o palmito não oxida, dispensando conservantes. E o trunfo maior: brota com várias ramificações da mesma raiz. Os troncos não abatidos continuam vivos, enquanto a juçara, com só um tronco, morre na extração. Saber qual a procedência do palmito e a espécie usada é arma do consumidor. “Mas ideal mesmo”, afirma Domingos, “é o repovoamento das florestas com a juçara.”

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