O ambiente é o planeta Terra, tudo o que tem algum relacionamento com ele
e que o compõe. Elementos vivos: animais, vegetais, fungos. Elementos não
vivos: ar, água, solo, energia.
O ambiente é também a soma de todas as condições externas; influências
que afetam a vida, o desenvolvimento e a sobrevivência de um organismo.
Tais afirmações estão relacionadas à
ciência atual e até onde isso diz respeito a uma definição de vida.
Ainda por ambiente do ponto de vista humano entendem-se também aspectos:
sociais, culturais, econômicos e políticos inter-relacionados.
O sistema solar não é considerado um sistema vivo pela maioria das
pessoas, pois quando se vai além do sistema solar, para a galáxia e para o
universo como um todo, você deixa as ciências da vida; exceto é claro nos casos
de algumas especulações muito controvertidas sobre vida extraterrestre.
Portanto o maior sistema para qual há
cientistas que concordam em usar o adjetivo “vivo” é o planeta Terra.
Dentro de uma complexa correlação de
forças ocorreu a evolução de milhões de espécies em nosso planeta, que é
dinâmico, em seu relevo, clima, solo, hidrografia, oceanos e continentes.
Muitas espécies surgiram e desapareceram nessa historia de bilhões de anos da
Terra.
Nesse contexto, nossa espécie em seu
estágio mais “primitivo – ancestral” surgiu fazendo parte integrada deste todo
dinâmico – a natureza. Pode-se visualizar esse ser humano ancestral vivendo em
cavernas e ou próximo aos litorais ocupando o seu nível trófico da cadeia
alimentar.
Ainda é possível se observar os
silvícolas ou indígenas, com sua sabedoria intuitiva, cosmologia própria, seus
rituais e tradições culturais, bem como suas práticas de sobrevivência grupal,
vivendo em grande integração com o ambiente ao redor.
Relação essa que preserva o equilíbrio
dinâmico da natureza, que esta sempre baseada nos ciclos, na capacidade de
suporte e recuperação dos recursos naturais das áreas onde vivem.
Nossa espécie como qualquer outra
espécie viva deste planeta tem sua história.
A nossa é marcada pelo processo de deixar de se sentir integrada aos
ciclos. De estar à parte da natureza, não mais como a natureza também, como a
natureza na “forma de ser - humano”; mas à parte e o que é mais grave com uma
ilusória e equivocada idéia de superioridade e, portanto dominação - das outras
formas de vida e de outros seres da nossa própria espécie.
O preço dessa dominação desintegradora
é o risco de não percebermos mais as relações de equilíbrio-desequlibrio da
natureza, sem as referencias de uma ética mínima, relacionadas aos limites da
própria natureza e do outro podemos por fim nos autodestruir. Tal fato é
clássico no nosso tipo de civilização ocidental tendo raízes históricas -
morais, filosóficas e econômicas.
Isso pode estar relacionado com o fato de que,
em nossa evolução, ocorreu uma crescente separação entre os aspectos biológicos
e culturais da natureza humana. A evolução biológica da espécie humana “parou”
há uns 50.000 anos. Daí em diante, a evolução processou-se não mais genética,
mas social e culturalmente, enquanto o corpo e o cérebro humano permaneceram
essencialmente os mesmos em estrutura e tamanho.
Em nossa civilização, modificamos a tal ponto nosso meio ambiente durante
essa evolução cultural que perdemos o contato com nossa base biológica e
ecológica mais do que qualquer outra cultura e qualquer outra civilização do
passado. Essa separação manifesta-se numa flagrante disparidade entre o
desenvolvimento do poder intelectual, o conhecimento cientifico e as qualificações
tecnológicas, por um lado, e a sabedoria, a espiritualidade e a ética por
outro. O conhecimento cientifico e tecnológico cresceu enormemente depois que
os gregos se lançaram na aventura cientifica no século VI a.C. Mas durante
estes 25 séculos não houve virtualmente qualquer progresso na conduta das
questões sociais.
A espiritualidade e os padrões morais de Lao-Tsé e Buda, que também
viveram no século VI a.C., não eram claramente inferiores aos nossos.
Nosso progresso, portanto, foi uma questão predominantemente racional e
intelectual, e essa evolução unilateral atingiu agora um estágio alarmante, uma
situação tão paradoxal que beira a insanidade.
Podemos controlar os pousos
suaves de espaçonaves em planetas distantes, mas somos incapazes de controlar a
fumaça poluente expelida por nossos automóveis e nossas fábricas. Propomos a
instalação de comunidades utópicas em gigantescas colônias espaciais, mas não
podemos administrar nossas cidades.
Como
lidar com esses paradoxos? Como colaborar para uma mudança paradigmática em
tempos tão complexos? Esse é o nosso desafio, essa é nossa natureza, nosso
destino enquanto espécie com tantos p
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