sábado, 14 de junho de 2014

CONCEITUANDO MEIO AMBIENTE



O ambiente é o planeta Terra, tudo o que tem algum relacionamento com ele e que o compõe. Elementos vivos: animais, vegetais, fungos. Elementos não vivos: ar, água, solo, energia.
O ambiente é também a soma de todas as condições externas; influências que afetam a vida, o desenvolvimento e a sobrevivência de um organismo.
          Tais afirmações estão relacionadas à ciência atual e até onde isso diz respeito a uma definição de vida.
Ainda por ambiente do ponto de vista humano entendem-se também aspectos: sociais, culturais, econômicos e políticos inter-relacionados.
O sistema solar não é considerado um sistema vivo pela maioria das pessoas, pois quando se vai além do sistema solar, para a galáxia e para o universo como um todo, você deixa as ciências da vida; exceto é claro nos casos de algumas especulações muito controvertidas sobre vida extraterrestre. Portanto o maior sistema para qual há cientistas que concordam em usar o adjetivo “vivo” é o planeta Terra.
          Dentro de uma complexa correlação de forças ocorreu a evolução de milhões de espécies em nosso planeta, que é dinâmico, em seu relevo, clima, solo, hidrografia, oceanos e continentes. Muitas espécies surgiram e desapareceram nessa historia de bilhões de anos da Terra.
          Nesse contexto, nossa espécie em seu estágio mais “primitivo – ancestral” surgiu fazendo parte integrada deste todo dinâmico – a natureza. Pode-se visualizar esse ser humano ancestral vivendo em cavernas e ou próximo aos litorais ocupando o seu nível trófico da cadeia alimentar.
          Ainda é possível se observar os silvícolas ou indígenas, com sua sabedoria intuitiva, cosmologia própria, seus rituais e tradições culturais, bem como suas práticas de sobrevivência grupal, vivendo em grande integração com o ambiente ao redor.
          Relação essa que preserva o equilíbrio dinâmico da natureza, que esta sempre baseada nos ciclos, na capacidade de suporte e recuperação dos recursos naturais das áreas onde vivem.
          Nossa espécie como qualquer outra espécie viva deste planeta tem sua história.  A nossa é marcada pelo processo de deixar de se sentir integrada aos ciclos. De estar à parte da natureza, não mais como a natureza também, como a natureza na “forma de ser - humano”; mas à parte e o que é mais grave com uma ilusória e equivocada idéia de superioridade e, portanto dominação - das outras formas de vida e de outros seres da nossa própria espécie.
          O preço dessa dominação desintegradora é o risco de não percebermos mais as relações de equilíbrio-desequlibrio da natureza, sem as referencias de uma ética mínima, relacionadas aos limites da própria natureza e do outro podemos por fim nos autodestruir. Tal fato é clássico no nosso tipo de civilização ocidental tendo raízes históricas - morais, filosóficas e econômicas.
           Isso pode estar relacionado com o fato de que, em nossa evolução, ocorreu uma crescente separação entre os aspectos biológicos e culturais da natureza humana. A evolução biológica da espécie humana “parou” há uns 50.000 anos. Daí em diante, a evolução processou-se não mais genética, mas social e culturalmente, enquanto o corpo e o cérebro humano permaneceram essencialmente os mesmos em estrutura e tamanho.
Em nossa civilização, modificamos a tal ponto nosso meio ambiente durante essa evolução cultural que perdemos o contato com nossa base biológica e ecológica mais do que qualquer outra cultura e qualquer outra civilização do passado. Essa separação manifesta-se numa flagrante disparidade entre o desenvolvimento do poder intelectual, o conhecimento cientifico e as qualificações tecnológicas, por um lado, e a sabedoria, a espiritualidade e a ética por outro. O conhecimento cientifico e tecnológico cresceu enormemente depois que os gregos se lançaram na aventura cientifica no século VI a.C. Mas durante estes 25 séculos não houve virtualmente qualquer progresso na conduta das questões sociais.
A espiritualidade e os padrões morais de Lao-Tsé e Buda, que também viveram no século VI a.C., não eram claramente inferiores aos nossos.
Nosso progresso, portanto, foi uma questão predominantemente racional e intelectual, e essa evolução unilateral atingiu agora um estágio alarmante, uma situação tão paradoxal que beira a insanidade.
Podemos controlar os pousos suaves de espaçonaves em planetas distantes, mas somos incapazes de controlar a fumaça poluente expelida por nossos automóveis e nossas fábricas. Propomos a instalação de comunidades utópicas em gigantescas colônias espaciais, mas não podemos administrar nossas cidades.
            Como lidar com esses paradoxos? Como colaborar para uma mudança paradigmática em tempos tão complexos? Esse é o nosso desafio, essa é nossa natureza, nosso destino enquanto espécie com tantos p

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