sábado, 16 de maio de 2009

Preservar árvores históricas e significativas da cidade



Algumas árvores significativas para Sorocaba já não existem mais, entre elas duas paineiras. A espécie foi considerada árvore-símbolo da cidade. No bairro de ‘Árvore Grande’, a centenária árvore antes vista no alto da avenida São Paulo deu origem ao nome da localidade, e a paineira da entrada do terminal Santo Antonio virou até espécie de ‘cartão postal’, sendo sua ‘vida’ defendida até mesmo com greve de fome. Consta que uma única espécie ganhou proteção permanente: um jequitibá branco de mais de 80 anos, da Vila Santana. Mas o tombamento de outras espécies pode garantir a sobrevivência de mais árvores.

As árvores recomendadas para a imunidade ao corte constam do primeiro catálogo sobre espécies nativas e centenárias de Sorocaba, de autoria da bióloga Lígia Ferreira Fedele. O trabalho envolveu a pesquisa e identificação de treze árvores antigas. A única da qual não se conseguiu fazer a datação foi a centenária árvore grande. A iniciativa recebeu elogios do curador do Meio Ambiente da Comarca de Sorocaba, Jorge Alberto de Oliveira Marum, que propôs a continuidade das pesquisas e um decreto para o tombamento de nove das espécies com mais de cinquenta anos, identificadas no livro.

A lista com as nove árvores recomendadas para tombamento recebeu parecer favorável do Conselho Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente (Comdema). A lista aguarda apreciação do Conselho Municipal de Patrimônio Histórico. A iniciativa é uma forma de garantir a preservação da espécie, pois serve até como “uma obrigação do Poder Público cuidar melhor dessa árvore”.

Embora pouco conhecido da população, o jequitibá tombado fica na rua Joana Maria Pereira, na Vila Santana. 

A árvore grande recebeu todos os cuidados como patrimônio biológico da cidade, apesar de não ser tombada. Mas não resistiu e foi retirada. O tronco da paineira - ou o que restou dela - está no centro operacional da Seobe, sendo preservado para contar sua história que, justamente, deu origem ao bairro. “Que seja transformada em monumento ou exposta de outra forma”, comenta. Os enxertios de parte da árvore, feitos por pesquisadores da Universidade de Sorocaba (Uniso) também foi uma forma de preservar essa história, acrescenta.

Há também a proposta de implantação de microchip nas árvores significativas. Vantagem: todas as ações relacionadas à planta estarão no minúsculo equipamento. E dentro da proposta de Cidade Educadora, a intenção é demonstrar a importância ecológica da árvore. Um jequitibá, por exemplo, pode durar até 2 mil anos. 

Notícia publicada na edição de 29/03/2009 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 2 do caderno D

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