domingo, 19 de outubro de 2014

Chuva com forte vendaval derruba árvores e postes em Sorocaba


 Começo essa postagem lembrando que para o promotor de meio ambiente de Sorocaba, "em um universo de milhares de árvores a queda de algumas é coisa normal".
Quem quiser a cópia do documente dele afirmando isso, pode me pedir que eu mando!




Uma árvore foi ao chão na avenida Dr. Américo Figueiredo - Luiz Setti
Mais fotos...
Depois do forte calor registrado em Sorocaba nos últimos dias, a chuva voltou a cair na cidade no final da tarde deste domingo. Um forte vendaval fez com que ocorrências de quedas de energia, postes e árvores. A estação automática do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou, às 19h, rajadas de vento de 75,6 quilômetros por hora.

Duas árvores caíram no Jardim Simus. Uma delas foi ao chão na avenida Dr. Américo Figueiredo, altura do número 990, próximo ao Centro Esportivo. Outra caiu na Alameda dos Cravos, altura no número 240. Na zona leste, outra árvore foi derrubada pelo vento na avenida Nogueira Padilha.

O vendaval também prejudicou a Festa Japonesa, no Parque das Águas. Cadeiras e mesas foram arrastadas e algumas barracas foram derrubadas.

As rajadas de vento também fizeram com que um outdoor caísse no Campolim, na avenida Antonio Carlos Comitre.

Na zona norte, o vento forte fez com que postes de madeira caíssem nas vias, como no Parque São Bento.

Na região de Cerrado houve queda de energia, como na avenida General Carneiro, onde os semáforos pararam de funcionar pouco depois das 18h. O telefone de emergência do Corpo de Bombeiros, o 193, também parou de funcionar momentaneamente, por conta da falta de energia elétrica.

A Guarda Civil Municipal (GCM) recebeu diversas ligações de pessoas informando sobre danos de pequeno porte, como as quedas de postes de madeira e de placas de trânsito.


Diversos bairros de Sorocaba registraram oscilações no fornecimento de energia elétrica por conta do forte vendaval.  

19/10/14 | SOROCABA

Vereador denuncia existência de "quadrilha" em secretarias

17/10/14 | PREFEITURA
Vereador denuncia existência de "quadrilha" em secretarias
José Crespo (DEM) aponta crimes nos setores de saúde e fiscalização



Carlos Araújo
carlos.araujo@jcruzeiro.com.br

Num dia marcado por intensos debates na Câmara de Sorocaba, por conta da queda do secretário da Saúde Armando Raggio e da votação do Plano Diretor do município, o vereador José Crespo (DEM) denunciou ontem, em discursos na tribuna, a suposta existência de "quadrilhas" na secretaria da Saúde e no setor de fiscalização de empreendimentos imobiliários da Prefeitura. Ele também envolveu o Instituto Moriah, contratado pela Prefeitura para administrar o hospital Vera Cruz.

No caso da secretaria da Saúde, Crespo, a partir de informações que recebeu eu seu gabinete, disse que "o problema do (Instituto) Moriah é que eles são laranja e participaram, atuaram como laranja de uma quadrilha instalada na secretaria municipal de Saúde". E continuou, referindo-se ao Instituto Moriah: "Aceitaram ordens superiores, mas percebendo irregularidades e até crimes que estariam sendo cometidos, eles (Instituto Moriah) começaram a se municiar de documentos, eles têm um dossiê muito bom que poderá ser apresentado a qualquer momento". E acrescentou: "Essa história está só começando. Eu sou novato nesta investigação. Nós vamos até o fim, doa a quem doer."

Apimentando o debate, o vereador Marinho Marte (PPS) lembrou que, além de Sorocaba, o Instituto Moriah prestou serviços em Conchas, celebrou contrato com a Prefeitura de Votorantim e se prepara para prestar serviços em Iperó. E comparou: "Curiosamente, e mal explicavelmente, governos municipais ligados ao PSDB."

Marinho também aproveitou a discussão para comentar a saída de Armando Raggio da Secretaria da Saúde: "Eu espero que efetivamente o prefeito Pannunzio (Antonio Carlos Pannunzio) tenha passado uma borracha nessa situação." Também classificou como "aberrações que a população de Sorocaba sofre com este maldito trabalho que se desenvolveu com a Central de Regulação de Vaga." Esta Central foi criada durante a gestão de Armando Raggio para ordenar a demanda de atendimentos na área de saúde.


Na fiscalização


Na fiscalização de empreendimentos imobiliários, Crespo descreveu a existência da seguinte situação na Prefeitura: ele disse que o quadrilheiro se comunica assim com o empreendedor que quer fazer um loteamento em local indevido: "O quadrilheiro diz: no momento não tem jeito, mas eu vou fechar os olhos, não fiscalizo, eu impeço que o fiscal vá lá para flagrar a construção desse seu futuro loteamento. Você aguarda um pouquinho que a gente está trabalhando para mudar o zoneamento, vai estar regularizado. Então quando vem um projeto de lei como este, dizendo que quer regularizar, isto é a ação criminosa da quadrilha que existe na Prefeitura. Infelizmente tem quadrilhas em quase todas as secretarias. É isso que a quadrilha fala."

Segundo Crespo, a quadrilha incentiva que o empreendedor imobiliário construa e garante que a fiscalização não vai incomodá-lo. "É um problema de falta de fiscalização, e não é que não tem fiscal. A quadrilha não quer que o fiscal atue. É claro que o fiscal também morde um pouquinho da propina. Não há fiscalização nenhuma." E, como exemplo, disse que o bairro Genebra tem vários loteamentos clandestinos: "Alguém diria: mas a Prefeitura não sabe? Sabe. Mas está recebendo suborno para não ir lá."

Segundo Crespo, a fiscalização abre caminho para o loteamento ser efetivado e promete não fiscalizar: Ele criticou: "Não se fiscaliza nada. Alguém sabe de alguma fiscalização que a Prefeitura está fazendo? É propina. Nunca houve tanta propina correndo nos bastidores como nos últimos 10 anos."

Notícia publicada na edição de 17/10/14 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 007 do caderno A - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.

"FAZENDO PARTE DA SOLUÇÃO" é um espaço que tem como objetivos principais divulgar ações concretas da política ambiental no município de Sorocaba-SP. Tem como meta colaborar pró - ativamente atuando efetivamente nas causas dos problemas ambientais; propondo diversas soluções, informando e mobilizando os cidadãos-leitores deste blog.Problemas ambientais permanentes não se resolvem com soluções imediatistas, populistas e politiqueiras.
Sim, eu quero e faço parte da solução.

Demis Lima
Biólogo, Botânico e Educador Ambiental
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Corrida maluca QUEM GANHA E QUEM SAI PERDENDO COM ESSE NOVO PLANO DIRETOR DE SOROCABA


Da maneira como está sendo conduzida a votação, poderá emergir da Câmara um Plano Diretor diferente de tudo o que foi discutido ao longo de mais de um ano e meio


A legalidade é quesito indispensável a todos os atos da administração pública direta ou indireta, porém não é o único. Igualmente imprescindíveis, e com o mesmo status de preceito constitucional, são a publicidade, a moralidade, a impessoalidade e a eficiência. Não basta, portanto, à Câmara de Sorocaba cumprir os trâmites legais para levar a efeito a votação do projeto de revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Físico-Territorial, com todas as 201 emendas apensadas pelos vereadores. Legalmente, é possível atender às exigências até o próximo dia 13 de novembro, quando se pretende concluir a votação do projeto. Do ponto de vista da eficiência e da publicidade, não.

As duas audiências públicas realizadas pela Câmara para apresentar as emendas parlamentares foram confusas, superficiais e insuficientes. A primeira das reuniões ocorreu apenas quatro dias depois de as emendas serem publicadas no site do Legislativo. Um pedido de suspensão das audiências, protocolado por associações de moradores, foi ignorado pela presidência da Câmara. Como se podia esperar, a apresentação das emendas sequer foi organizada por assunto. Elas foram lidas pela ordem de protocolo, tornando ainda mais anárquica a tarefa de compreendê-las -- fato agravado pela falta de leitura dos artigos do projeto original a que estão relacionadas.

As justificativas das emendas, que poderiam ajudar os munícipes a entendê-las, também não foram lidas. Nem foram feitas explanações específicas sobre cada emenda -- o que, por sinal, seria impossível, dado o excesso de propostas e a exiguidade do tempo. Numa conta simples, se fossem dedicados cinco minutos a cada emenda, entre leitura, explanação e resposta de eventuais dúvidas -- tempo hipotético que, obviamente, não é suficiente para tudo isso, muito menos para eventuais debates --, seriam necessárias duas sessões de mais de oito horas e 20 minutos cada, sem intervalos. As audiências dos dias 3 e 6, somadas, não chegaram à metade desse tempo.

Apesar disso, a Câmara já divulgou o cronograma da apreciação do Plano Diretor, que tem sua votação final prevista o dia 13 de novembro. Até a próxima sexta-feira, as comissões permanentes da Casa deverão apresentar pareceres às emendas. Elas tiveram duas semanas para apreciar mais itens do que os contidos no próprio Plano Diretor, cujo projeto de revisão contém 148 artigos. Se o projeto for votado em primeira discussão no próximo dia 16, será aberto novo prazo (de 17 a 24/10) para novas emendas. Uma única audiência pública será realizada no dia 29/10 para analisar essas propostas. As comissões darão seus pareceres até o dia 7/11 e no dia 13/11, ocorrerá a votação definitiva.

Mais uma vez, é preciso questionar: por que a pressa? O que justifica conduzir a votação de um projeto complexo, com implicações tão graves e profundas para a vida de todos os munícipes e o próprio futuro de Sorocaba, com tanta ligeireza? Acaso não percebem, o presidente da Câmara e seus pares, que, ao fixarem prazos tão curtos para a votação do projeto e de suas emendas, negam à população o tempo mínimo necessário para assimilar as alterações e debatê-las? E qual a função das audiências públicas, se à apresentação das emendas não se seguiu uma etapa indispensável de discussão com a comunidade e apresentação de sugestões?

Da maneira como está sendo conduzida a votação, poderá emergir da Câmara um Plano Diretor diferente de tudo o que foi discutido ao longo de mais de um ano e meio, com audiências públicas e apresentação de sugestões da sociedade civil pela internet. Não se questiona o direito dos vereadores a apresentar emendas, nem a qualidade das mesmas. Mas a obrigação do Legislativo é maior do que simplesmente fazer as coisas dentro da lei. Os vereadores têm um dever de lealdade para com os sorocabanos, que está nitidamente sendo negligenciado nessa corrida maluca para aprovação do Plano Diretor e suas emendas.

sábado, 18 de outubro de 2014

Vereadores aprovam 57 das 201 emendas do PLANO DIRETOR DE SOROCABA

18/10/14 | PLANO DIRETOR

Vereadores aprovam 57 das 201 emendas
A sessão ordinária que começou na manhã de quinta-feira, só terminou às 3h45 da Sexta-feira.



O vereador José Crespo foi um dos que mais apresentaram emendas - 
LUIZ SETTI - ARQUIVO JCS (6/10/2014)
Míriam Bonora
miriam.bonora @jcruzeiro.com.br

Depois de 16 horas e vinte minutos de discussões, a Câmara Municipal aprovou 57 das 201 emendas parlamentares na primeira discussão do projeto de lei 178/2014, que dispõe sobre a revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Físico Territorial de Sorocaba. A ordem do dia da sessão ordinária da última quinta-feira (16) era exclusiva para a votação do projeto e suas emendas, e os vereadores permaneceram no plenário até às 3h45 de ontem (17), até que todas as propostas de emendas fossem apreciadas. A suspensão da votação e retorno em outro dia não seria permitida pelo regimento interno, que impede a interrupção da apreciação de um mesmo projeto.

Toda a sessão foi transmitida pela TV Legislativa, estendendo o horário de trabalho dos funcionários da Câmara. Cidadãos acompanharam a votação durante a tarde, alguns permaneceram à noite, mas não resistiram à madrugada. Na manhã e início da tarde de quinta-feira (16), quatro veículos de comunicação da cidade estavam presentes para a cobertura, mas apenas o jornal Cruzeiro do Sul ficou durante o final da tarde e a noite, até as 22h. Nenhum veículo pôde acompanhar as demais cinco horas e 45 minutos de discussões, que invadiram a madrugada.

O balanço das emendas aprovadas, rejeitadas e arquivadas foi divulgado ontem e publicado no site da Casa (www. camarasorocaba.sp.gov.br). do total de 201 textos, 57 foram aprovados, 90 foram rejeitadas e 54 foram arquivadas, a pedido dos autores. Agora, os vereadores têm até dia 24 de outubro para apresentarem emendas em segunda discussão. Está prevista uma audiência pública para 29 de outubro para a apresentação das emendas.

Até 7 de novembro as comissões da Casa apresentam seus pareceres e, em 13 de novembro, deve ser realizada a votação definitiva do projeto, de autoria do prefeito Antonio Carlos Pannuzio (PSDB). Em seguida, o texto e as emendas seguem para a sanção do prefeito, que pode vetar as alterações.

Dos 12 autores de emendas, quatro apresentaram 82% das propostas, ou 165. O que mais teve textos aprovados foi o líder do prefeito na Câmara, José Francisco Martinez (PSDB), com 69% de suas propostas aceitas (veja a tabela ao lado). Irineu Toledo (PRB) teve 37,5% das emendas aprovadas. Os que mais apresentaram emendas foram José Crespo (DEM), com 19% aceitas, e Carlos Leite (PT), com 23% aprovadas.

As emendas
Das emendas aprovadas em primeira discussão, 12 tratam de mudança de zoneamento de ruas. Uma delas, a de número 171, do vereador Cláudio do Sorocaba 1, propõe que uma área na região do bairro Cajuru passe de zona residencial 2 para zona residencial 3, permitindo lotes menores e maior ocupação no local, entre o Jardim Nilton Torres, a divisa com Itu e o rio Pirajibu.

Ainda sobre a região Leste, foi arquivada a emenda que impediria a redução da zona rural de 17,1% do território para 14% da cidade, de autoria do vereador Carlos Leite. A proposta será reformulada e reapresentada em segunda discussão. Mesmo sem essa alteração, outra emenda prevê que uma área rural seja mantida. A emenda 58 do vereador José Martinez reverte a decisão da Prefeitura em transformar uma zona rural em zona residencial 3, que permite construções menores e maior ocupação; a área é próxima da margem esquerda do rio Pirajibu, da divisa com Itu, e fica na região de Aparecidinha.

Na área ambiental, uma das propostas aprovadas é a emenda 35, de Fernando Dini (PMDB), altera o quadro do artigo 107 do novo Plano Diretor. O texto altera o percentual mínimo de permeabilidade das construções na cidade. No texto original, nas zonas residenciais e na zona industrial 1 é exigido que 10% do terreno seja permeável nas construções com 500 metros quadrados ou mais. Na modificação, terrenos residenciais até 200 m2 têm que manter 5% permeável, entre 200,01 m2 e 499,9m2 são 10% e os maiores de 500m2 precisam reservar 20% de área permeável. A emenda também prevê que as zonas industriais 1 e 2 precisam manter 10% do terreno permeável, independente do tamanho da área.

Dentre as emendas polêmicas, ao menos três contrariam a vontade do Executivo e tiveram orientação de Martinez para que fossem aprovadas. A emenda 01, do vereador Cláudio do Sorocaba 1, extingue o inciso 2º do artigo 105, que trata das restrições de uso por zona (residencial, rural, industrial etc). Esse inciso limita a altura dos prédios construídos nas zonas residenciais tipo 2 e 3 para até sete pavimentos (térreo mais seis andares). A mudança é defendida como essencial pelo prefeito Antonio Carlos Pannunzio (PSDB), autor do projeto de lei. Durante a votação de ontem, os vereadores aprovaram a emenda por 18 votos a 0.

Ciclovias nas ruas e calçadas
A segunda emenda aprovada que deve desagradar o prefeito é a 128, do vereador José Crespo. O texto proíbe a construção de ciclovias sobre a pista de veículos automotores e sobre o passeio público de pedestres. Em 2012, a Câmara aprovou a lei 10.352, que proibia a implantação de ciclovias nos passeios públicos, mesma limitação proposta pela emenda ao Plano Diretor. O prefeito da época, Vitor Lippi (PSDB) vetou a lei e a Câmara derrubou seu veto. Em recurso à Justiça, a lei foi considerada inconstitucional e foi invalidada.

Outra alteração é do próprio líder do PSDB na Câmara. A emenda 24 permite que os lotes em zonas residenciais 2 e 3 sejam menores do que o previsto pelo projeto original do prefeito. Na ZR3 seria permitido 150 m2 mínimos, e na ZR2 terrenos com 250 m2, com a condição de que o empreendedor amplie de 12% para 20% a gleba destinada a áreas verdes e de sistemas de lazer.

Duas outras emendas modificam as exigências aos empreendedores na construção de loteamentos. O texto 22 de Irineu Toledo exige que a rede de energia elétrica implantada seja feita de forma subterrânea. A emenda 27, de Martinez, prevê a compensação ambiental proporcional ao impacto gerado por empreendimentos maiores que 3 mil m2.


Notícia publicada na edição de 18/10/14 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 004 do caderno A - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.

Ministério Público investiga seis empreendimentos imobiliários em desacordo com o Plano Diretor de Sorocaba

11/10/14 | ELTON VILLE / JARDIM SÃO CARLOS

Ministério Público investiga seis empreendimentos imobiliários
A suspeita é de que os projetos estão em desacordo com o Plano Diretor de Desenvolvimento Físico Territorial de Sorocaba



Terreno na esquina das ruas João Wagner Wey com Renato Sêneca de Sá Fleury - 
LUIZ SETTI
Míriam Bonora
miriam.bonora@jcruzeiro.com.br

Seis empreendimentos nos bairros Elton Ville e Jd. São Carlos, suspeitos de terem seus projetos em desacordo com o Plano Diretor de Desenvolvimento Físico Territorial de Sorocaba, estão sendo investigados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) da cidade. Um deles possui alvará de construção concedido pela Prefeitura e os projetos de outros cinco ainda tramitam no Executivo. O governo municipal não respondeu as perguntas da reportagem sobre os empreendimentos. A investigação está sendo conduzida pelo promotor de Justiça Jorge Alberto de Oliveira Marum, que acatou requerimentos da Associação de Moradores dos Bairros Elton Ville e Uirapuru (Ambeu). A Prefeitura de Sorocaba será notificada e terá 30 dias para fornecer informações sobre os processos e dar explicações. Marum recomendou que o prefeito exija de cinco dos seis empreendedores a realização de Estudo de Impacto de Vizinhança.Cinco empreendimentos ficam em áreas caracterizadas como Corredor de Comércio e Serviços Tipo 1 (CCS1), e um deles em Zona Residencial tipo 1 (ZR1). Um deles é um prédio comercial de sete pavimentos e os demais projetos são para edifícios de apartamentos. Segundo o zoneamento vigente, lei 8.818/2007, tanto na ZR1 quanto na CCS1 a permissão é para ocupação de baixa densidade, com possibilidade de usos não residenciais apenas para estabelecimentos de pequeno porte. Nos CCS1, a lei diz que os índices de ocupação e condições para implantação das edificações nos lotes devem ser iguais aos da ZR1, que permite construções com até três pavimentos. No caso de usos não residenciais, o limite é de imóveis com área construída de até 750 metros quadrados. Todos os empreendimentos investigados têm projetos para edifícios com altura superior a três pavimentos e os 750 m2 máximos de área construída. Segundo as informações do MP, se todos os prédios fossem construídos, seriam criadas 1.232 novas unidades habitacionais na rua João Wagner Wey e uma rua do entorno, a Hugo Sobreira Bortolai Filho, com estimativa de 4.970 novos moradores e 2.475 automóveis a mais circulando pela região. Marum afirma que abriu procedimento preparatório de inquérito civil e que primeiro vai ouvir a Prefeitura. "São conjuntos de prédios de apartamentos muito grandes, para muitas famílias, um adensamento populacional e de trânsito impressionantes", comenta, sobre os empreendimentos residenciais. O advogado da Ambeu, Alexandre Rabello, explica que a associação tomou conhecimento dos projetos dos empreendimentos por meio de denúncias dos moradores da região. "Não somos contra o progresso da cidade, mas queremos que cada coisa ocorra no seu devido lugar. Existe uma lei e ela tem que ser cumprida", argumenta. Rabello acrescenta que há preocupação em descaracterizar o bairro.


Os empreendimentos


Em um dos projetos, na rua João Wagner Wey, próximo à rodovia Raposo Tavares e da rua Renato Sêneca de Sá Fleury, está prevista a construção de 22 torres de oito pavimentos e quatro apartamentos por andar, totalizando 704 unidades habitacionais. A estimativa é de que sejam 2.800 novos moradores e 1.400 automóveis, se os prédios forem construídos. O local já está com muros e portões cercando o terreno. Do outro lado da rua, um empreendimento prevê uma torre de 14 pavimentos com 12 apartamentos por andar.Em outro ponto da rua João Wagner Wey, no cruzamento com a rua Lituânia, há mais dois empreendimentos aguardando alvará: um de cada lado da esquina, com duas torres de 12 pavimentos cada. Logo atrás, na rua Lituânia com a rua Hugo Sobreira Bortolai Filho (que é sem saída), uma construtora quer implantar três torres de 14 pavimentos. Sobre esses empreendimentos, a Ambeu ressalta que eles são muito próximos um do outro e que as ruas são estreitas. "A rua tem oito metros de largura. Isso vai gerar um impacto ainda maior naquela área que já é movimentada", diz o advogado Rabello. Próximo dessa região, no número 1.101 da rua João Wagner Wey, um prédio comercial começou a ser construído com alvará da Prefeitura. O projeto prevê sete pavimentos. O Executivo municipal não respondeu porque concedeu alvará para o prédio, mesmo em desacordo com o Plano Diretor, nem se irá rever essa decisão

Notícia publicada na edição de 11/10/14 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 004 do caderno A - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

O ex-prefeito de Sorocaba Vitor Lippi e a MEGAPROPAGANDA

O ex-prefeito de Sorocaba Vitor Lippi foi candidato a Deputado Federal por São Paulo pelo PSDB e foi eleito. Obteve 176.153 votos. Em sua propaganda política nós temos uma imagem dos famosos MEGAPLANTIOS e abaixo os MEGAPLANTIOS sem os MEGACUIDADOS NECESSÁRIOS, a imagem  fala por si:


https://www.facebook.com/FazendoParteDaSolucao

terça-feira, 7 de outubro de 2014

O Plano Diretor Sorocaba e a falta de água


Este final do período de estiagem tem aumentado as preocupações sobre a falta de água em vários locais. Em alguns casos como na Região Metropolitana de São Paulo, em Itu e bairros na região leste de Sorocaba a falta de água não é só uma preocupação mais uma realidade.

O fator que levou a esta situação atual calamitosa não é a falta de chuvas, mas a falta de gestão dos recursos hídricos numa perspectiva de garantia da segurança hídrica para a sociedade.
A água da chuva é que recarrega os corpos de água superficiais e subterrâneos e, portanto a manutenção da água em uma bacia hidrográfica é resultado de um balanço entre a água que cai, a que evapora, a que escorre e a que penetra no solo para sustentar lençóis freáticos e nascentes.

Quando há um aumento de ocupação do solo urbano e redução de áreas rurais ou de vegetação natural, a impermeabilização do solo resultante reduz a penetração da água e aumenta o escoamento superficial levando a maiores cheias no período de chuva e a redução do volume de água armazenado no solo que sustentará as nascentes no período de seca.

É "chover no molhado" dizer que a chuva na nossa região não é constante o ano sendo que todos percebem que há um período que vai de outubro a março em que a intensidade e frequência das chuvas são maiores e um período em que há menos chuva que vai de abril a setembro. Além disso, basta alguns anos de vida para perceber que em alguns anos chove mais enquanto em outros chove menos e que estas variações seguem ciclos que muitas vezes cobrem várias décadas.

Estas informações e o efeito do crescimento das cidades na disponibilidade e qualidade de água para o abastecimento não é um conhecimento novo nem mesmo secreto, entretanto parece que ele é seletivamente esquecido pela sociedade algumas vezes.
Apesar de toda nossa tecnologia atual o clima e as variações na quantidade e intensidade de chuvas continuam fora da nossa capacidade de manipulação e direcionamento, ou seja, é um elemento do ambiente fora da nossa governabilidade. Portanto o poder público, que tem a obrigação de garantir a disponibilidade de água para a população, tem que se preparar para as variações naturais do clima que incluem períodos prolongados de estiagem ou maiores intensidades de chuvas, que já aconteceram e devem voltar a acontecer.

Já a ocupação do território, o controle da impermeabilização, a manutenção das áreas naturais e regiões rurais, o uso da água e a degradação dos corpos de água estão na categoria das atividades que influenciam a disponibilidade e a qualidade da água e que podemos controlar, se quisermos.




Há um tempo utilizei este espaço para discutir a vulnerabilidade hídrica de Sorocaba, que depende para seu abastecimento do reservatório de Itupararanga, reservatório este que vem sofrendo redução na sua qualidade de água para abastecimento público e que está fora território de Sorocaba.

Pois bem, em uma situação de vulnerabilidade e escassez temos que criar condições para garantir a segurança hídrica da população a curto, médio e longo prazo e para isso deve-se planejar e implantar mecanismos para aumentar a disponibilidade e qualidade.
Uma das ferramentas que permitem ao poder público fazer este gerenciamento é o Plano Diretor Municipal que ordena o uso e ocupação do solo. Este plano pode permitir a proteção das áreas naturais e rurais, proteger os cursos de água, principalmente as nascentes e pequenos rios, muito mais vulneráveis a alterações, reduzir as áreas impermeabilizadas e garantir uma ocupação vinculada à disponibilidade de água e captação e tratamento de esgoto.
Atualmente está em discussão na Câmara Municipal uma revisão do Plano diretor, que em muitos casos não considera a garantia da segurança hídrica da população, pois aumenta as áreas de ocupação urbana e reduz as áreas rurais, por exemplo. Espero que nossos vereadores considerem a questão hídrica e alterem o plano para aumentar nossa garantia de água atualmente e no futuro. Depois não adianta culpar São Pedro.

6/10/14 | ARTIGO Fonte Jornal Cruzeiro do Sul
Drº André Cordeiro Alves Dos Santos é professor da Universidade Federal de São Carlos - Campus Sorocaba

http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/574091/o-plano-diretor-e-a-agua

Apenas 10 vereadores e 10 munícipes participam da audiência do PLANO DIRETOR DE SOROCABA



04/10/14 | PLANO DIRETOR

Apenas dez vereadores participam da audiência
Na reunião foram lidas as emendas de números 01 a 69 e 171 até 199
Míriam Bonora

A primeira audiência pública convocada pela Câmara Municipal para debater as propostas de emendas parlamentares ao novo Plano Diretor de Desenvolvimento Físico Territorial Sorocaba - projeto de lei 178/2014 -, realizada ontem pela manhã, contou com a presença de apenas dez dos 20 vereadores do município, sendo que apenas dois permaneceram na reunião do início ao fim. Dos 12 que apresentaram emendas, quatro não compareceram para dar explicações. Também participaram da reunião cidadãos, estudantes e representantes de entidades representativas. O formato da apresentação das emendas foi criticado por não deixar claro quais as modificações propostas e pela leitura rápida dos textos.
Na reunião de ontem, convocada por exigência legal para apresentar as emendas à população antes de serem votadas em plenário, foram lidas as emendas de números 01 a 69 e 171 até 199. As propostas de número 70 até 170, de autoria do vereador José Crespo (DEM), serão tema da segunda e última audiência sobre as propostas de emendas, a ser realizada na próxima segunda-feira (6), na Câmara Municipal, às 14h. Cidadãos e entidades representativas podem participar e inscrever-se para se manifestar e fazer perguntas.
Essa primeira audiência estava marcada para as 9h, mas começou apenas às 9h40. Desse horário até as 10h30, houve uma discussão sobre o requerimento de três associações de bairro, que pediam a suspensão das audiências para que a população tivesse mais tempo para ler as 201 propostas e, então, ter condições de debater e fazer perguntas aos vereadores.
O presidente da Sociedade de Melhoramentos dos Jardins Bandeirantes, Novo Bandeirantes e Alpino, Adair Alves Filho - uma das entidades que assinou o requerimento, protocolado na terça-feira (30) -, pediu a apreciação do documento e a suspensão da audiência, alegando também falta de publicidade sobre a reunião, para que a população pudesse participar.
Inicialmente, o presidente da Casa, vereador Cláudio do Sorocaba 1 (PR), respondeu que teria que aguardar o parecer da secretaria jurídica sobre o requerimento, que teria 15 dias para analisar, e depois decidiu indeferir (negar) verbalmente o pedido. O vereador afirmou que a audiência foi divulgada à imprensa e no site da Câmara, e que não há obrigatoriedade de publicação oficial, como no jornal Município de Sorocaba.
Ausência de vereadores

Quando começou a apresentação das propostas de emendas, por volta das 10h30, estavam presentes em plenário os vereadores Cláudio do Sorocaba 1 (PR) - que presidia a reunião, Carlos Leite (PT) José Crespo (DEM), Muri de Brigadeiro (PRP), Anselmo Neto (PP), Fernando Dini (PMDB), Irineu Toledo (PRB), Marinho Marte (PPS), Luís Santos (PROS) e Izídio de Brito (PT).
Muri deixou o plenário minutos depois, por volta das 10h35, voltou às 11h40 e ficou até o final da audiência, encerrada perto das 13h. Por volta das 10h50, chegou também o vereador Rodrigo Manga (PP). Ao meio-dia, apenas seis vereadores continuavam em plenário: Cláudio do Sorocaba 1, Anselmo Neto, José Crespo, Carlos Leite, Izídio de Brito e Muri de Brigadeiro. Ao final da reunião, permaneceram apenas Cláudio, Carlos e Muri.
Dos 12 vereadores que protocolaram propostas de emendas em primeira discussão, quatro não estiveram em nenhum momento em plenário durante a audiência: Jessé Loures (PV), José Francisco Martinez (PSDB), Neusa Maldonado (PSDB) e Waldomiro de Freitas (PSD).
Durante a audiência, apenas o vereador Carlos Leite decidiu explicar suas emendas ao público. Os demais apenas responderam a perguntas quando direcionadas pela população e entidades representativas, pois disseram preferir discutir as emendas nos dias de votação. As associações, moradores e estudantes fizeram intervenções após cada bloco de dez emendas lidas em plenário, fazendo perguntas e sugestões.


07/10/14 | PROPOSTAS DE EMENDAS

Apenas Oito vereadores debatem o Plano Diretor e uns 08 munícipes


A audiência pública que apresentou, ontem à tarde na Câmara Municipal, as últimas 101 propostas de emendas à revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Físico Territorial de Sorocaba contou apenas com oito vereadores presentes. As questões de proteção ambiental e recursos hídricos foram destaque durante as discussões, quando munícipes e representantes de associações de bairro e de classe fizeram perguntas ao autor dos 101 textos, o vereador José Crespo (DEM).
Estavam presentes no início da audiência, às 14h25, os vereadores José Crespo, Cláudio do Sorocaba 1 (PR) - que presidiu a reunião, Muri de Brigadeiro (PRP) e Fernando Dini (PMDB). Depois chegaram Izídio de Brito (PT), Carlos Leite (PT), Marinho Marte (PPS) e Anselmo Neto (PP). Das 16h20 até o final do evento, às 17h30, ficaram apenas Crespo, Cláudio, Anselmo e Izídio. Outras 100 propostas de emenda foram apresentadas à população na última sexta-feira (03). Crespo preferiu não explicar cada uma das emendas, mas responder às questões e sugestões formuladas pelo público. Durante as discussões, um dos pontos de crítica à proposta de revisão do Plano - pelo projeto de lei 178/2014, enviado pelo prefeito Antonio Carlos Pannunzio (PSDB) -, foi a proteção ambiental.

Duas emendas de Crespo mantém áreas próximas a córregos e aos rios Sorocaba e Pirajibu como Zona de Conservação Ambiental (ZCA). Apesar de o projeto do prefeito aumentar a margem das Áreas de Proteção Ambiental (APPs) - que integram a ZCA - a partir dos corpos d"água, a área dessas ZCAs foi reduzida e não contempla mais toda a extensão dos rios, segundo o mapa enviado pelo Executivo.

O biólogo Demis Lima alertou que essa é uma emenda necessária para preservar os mananciais da cidade. "Se não planejarmos como recuperar as áreas de proteção e nascentes, nós podemos vir a ter sérios problemas. Eu reitero que os vereadores levem essa questão com seriedade", afirma o biólogo, que diz temer a redução de áreas verdes para atender a interesses imobiliários.

Munícipes também criticaram a falta de sincronia entre o texto do projeto de lei e os três mapas anexos, que tratam do zoneamento, macrozoneamento ambiental e sistema viário. "Os mapas não refletem o que diz a lei, não está claro o que está sendo mudado. É preciso que o conteúdo dos mapas esteja no texto", pontua o administrador Jorge Reis Cunha Neto. Essa crítica foi reiterada por Crespo e pelo presidente da Associação Amigos da Região Leste e Sudeste de Sorocaba, Cláudio Robles.

Outras emendas que tiveram pedido de explicação são as que tratam dos planos setoriais, como de saneamento, resíduos sólidos, o de Operação Urbana Consorciada e o Sistema Municipal de Espaços Livres. Todos esses planos são citados no projeto de lei, mas não havia prazo para sua conclusão por parte da Prefeitura.


Crespo propõe que o Executivo tenha 12 meses para a elaboração dos planos, a partir da vigência da lei. O vereador lembrou que, na revisão de 2007, esses planos eram previstos, mas não foram elaborados. Para ele, mencionar um prazo é uma forma de cobrar sua execução.